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Falta de água no Rio de Janeiro faz crescer busca por caminhão-pipa


Sempre estamos nos deparando com notícias sobre falta de água em Niterói, falta de água no Rio, em São Gonçalo, enfim, o estado do Rio de Janeiro tem sofrido com a falta de água.

Em 31 de outubro, foi realizada uma manutenção preventiva no Sistema Imunana-Laranjal que abastece Magé, São Gonçalo, Niterói, Ilha de Paquetá, parte de Maricá, Porto das Caixas e Manilha em Itaboraí. 
A manutenção preventiva anual começou às 06hs, com previsão de término às 6hs do dia 1º de Novembro, porém com até 72 horas para normalizar o abastecimento em alguns locais.

Da mesma forma que foi realizada a manutenção no Sistema de Abastecimento Imunana-Laranjal, foi realizada no sistema Guandu, que atende a população de Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Queimados, Mesquita, Nilópolis e Belford Roxo
A manutenção ocorreu no dia 07/11 às 8hs com previsão de término às 20hs.
A CEDAE realiza essas manutenções em seus sistemas de abastecimento de água potável para se preparar para o verão, já que ocorre um aumento significativo do consumo de água.
Mas, mesmo realizando todo esse processo preventivo há falta de água no Rio de Janeiro.

Estações de Tratamento do Guandu e Laranjal - Fonte CEDAE

Falta de água no Rio de Janeiro e região sudeste

Os sistemas de abastecimento não conseguem dar conta do consumo de água potável que a região sudeste consome. Não é apenas o Rio de Janeiro que sofre com falta de água, mas temos vivido uma crise hídrica na região sudeste. Como não lembrar do estado de São Paulo, que viveu uma forte crise hídrica em 2014-2015.
Segundo estudos da ANA (Agência Nacional de Águas), aproximadamente mais de 32 milhões de moradores dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo sofrerão com a falta de abastecimento água potável caso haja longos períodos sem chuva. São 11,8 milhões ou 68,6% da população do Rio de Janeiro e 20,5 milhões ou 41,5% da população de São Paulo.

Segundo o instituto de pesquisas WRI (World Resources Institute), instituição global de pesquisa com atuação em mais de 50 países, há níveis altos de estresse hídrico nas de grandes cidades das regiões Centro-Oeste e Sudeste. 
Em relatório de estudo global divulgado pelo WRI, realizado em 189 países, mostra o Brasil na posição 116, ou seja, não é um dos mais críticos quanto a escassez de água. Porém o estudo constatou que várias cidades brasileiras correm o risco com a falta de água. 

 Aqueduct Water Risk Atlas, ferramenta que avalia o risco hídrico, enchentes, riscos de seca e outros fatores.

As regiões de Piauí, Rio Grande do Norte, Fortaleza (Ce), Petrolina (Pe), Recife (Pe) e Juazeiro (Ba) já possuem um alerta, com níveis extremamente altos de risco de crise hídrica, podendo ser comparado ao nível de estresse hídrico de países do Oriente Médio. Já as regiões do Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória e Brasília estão classificadas como alto risco.
A ferramenta utilizada para o estudo é o Aqueduct Water Risk Atlas, que avalia o risco hídrico e outros fatores como enchentes e riscos de seca.

O que é estresse hídrico?

É quando há pouca oferta de água, pouca disponibilidade de água porém há uma grande demanda ou procura por habitante daquela região. Veja a explicação do biólogo e economista do WRI, Rafael Barbieri:

“Estresse hídrico significa que a disponibilidade de água de determinada região não atender à demanda, enquanto o risco é a probabilidade de isso ocorrer.” 

Ou seja, se há pouca água para atender a população em seus diversos usos, haverá falta de água. Veja abaixo um infográfico disponibilizado pelo Senado Ferderal, sobre os diversos usos da água:

Diversos Usos da Água no Brasil -Fonte Senado
Assim, podemos entender que segundo o estudos do WRI, o Rio de Janeiro possui estresse hídrico alto, pois há uma alta demanda, um alto consumo de água potável, porém não há capacidade suficiente para atender a toda essa demanda, o que acarretará em falta de água no futuro.

Busca por caminhão-pipa de água potável cresce no Rio de Janeiro e demais estados da região Sudeste

Com dados tão importantes de estudos globais, podemos perceber a fragilidade dos sistemas de abastecimento, além do aumento da população nas cidades e as diversas utilidades da água. Com tamanha variedade de usos como por exemplo, na indústria, nas atividades do nosso dia a dia, no setor agrícola e na pecuária é imprescindível que todos tenham acesso a água potável.

Regiões como Niterói, Maricá, Itaboraí, São Gonçalo e demais bairros do município do Rio de Janeiro tem elevado a solicitação de caminhão-pipa de água potável.

Muitas residências, condomínios, como também shoppings, indústrias dos mais diversos ramos têm necessitado de contratar caminhão-pipa para atender às suas necessidades.
O caminhão-pipa se tornou um verdadeiro aliado contra a falta de água no Rio de Janeiro. Mas não se esqueça que o maior aliado contra a escassez de água é o consumo consciente. Lembre-se que todos têm direito ao uso da água, por isso economize. Não desperdice água, pois ela realmente pode faltar.

Conclusão

A escassez de água por longos períodos é um fator que não está tão longe assim de acontecer. Já tivemos crises hídricas fortes no Distrito Federal em 2017/2018, em São Paulo e no Rio de Janeiro em 2014/2015, e o Nordeste que teve uma seca extrema de 5 anos. 
Todos os dias já há pessoas com falta de água pela deficiência dos sistemas de abastecimento de água. 
Se você entrar no Google e digitar “caminhão-pipa de água potável” ou “caminhão pipa d'água” verá a grande procura por esse serviço.
Apesar de o caminhão-pipa auxiliar no  transporte de água potável, é super importante economizar água e saber utilizá-la para que não falte agora para você e nem no futuro para nossos filhos e as próximas gerações.

Até a próxima!