Crise da Geosmina durante Covid-19
Em plena Pandemia Rio tem que se preocupar com Geosmina
Desde o começo de 2020 os moradores da cidade do Rio de Janeiro têm sofrido com a crise de água potável provocada pela geosmina.
Veja abaixo, o que é geosmina, segundo o biólogo e pesquisador do instituto Oswaldo Cruz, Aloysio da Silva Ferrão Filho, no site da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC Rio:
Geosmina é um composto orgânico produzido por microrganismos presentes no solo, como bactérias e fungos, ou na água, como as cianobactérias. No solo, a geosmina pode ser liberada após uma chuva breve. É justamente esta liberação que está associada ao que costumamos chamar de cheiro de “terra molhada”. Já no ambiente aquático, a liberação da geosmina está associada à alteração do gosto e do odor da água, que causa desconforto para o consumo.
Ainda segundo o site, a geosmina possui pouco efeito tóxico para os animais e para o homem nas concentrações que costuma ser encontrada na natureza.
Crise da Geosmina
Ano passado consumidores tiveram de comprar água mineral, que chegou a ficar em falta, já que a água fornecida pela CEDAE – Companhia Estadual de Águas e Esgotos - estava com gosto e odor de terra.
Além de ter se preocupar com o Covid-19, os cariocas tem de sofrer mais uma vez com a crise da geosmina desde janeiro de 2021. Moradores reclamam da qualidade da água, que em alguns locais chega a ter coloração turva.
A CEDAE realizou alguns testes com amostras da água tratada fornecida à população pela Estação de Tratamento do Guandu, onde foi registrado o recorde de concentração da substância até o dia 18 de março, sendo 0,515 microgramas por litro.
A água captada pela CEDAE na Estação Guandu, passa por diversos municípios que pela falta de saneamento básico adequado, descarregam nas águas do rio inúmeros efluentes como esgoto doméstico e poluentes químicos presentes nos processos industriais, entre outros.
Mais uma tentativa da CEDAE para solucionar problema com Geosmina
Sem o devido tratamento, esses efluentes, que citamos acima, poluem e contaminam a água fornecida à população, gerando, por exemplo, o crescimento excessivo de algas. Por isso, em uma nova tentativa da CEDAE, no dia 07 de abril de 2021 foi inaugurado o novo sistema de bombeamento do Rio Guandu, que consiste em aumentar a vazão do rio para a Lagoa Grande, que também faz parte do sistema de captação da estação.
Essa maior vazão da água do Rio Guandu para a Lagoa Grande é para que haja renovação da água utilizada pela estação, reduzindo a quantidade de algas produtoras de geosmina.
Solução definitiva contra Geosmina
Segundo a CEDAE a solução definitiva será a construção de uma barragem, com custo aproximado de R$132 milhões. O processo de licitação para a obra ainda será em 1 de junho de 2021, e a obra tem prazo estimado para ser concluída em dois anos. Portanto, essa solução ainda irá demandar de muito tempo, enquanto mais de 9 milhões de moradores da região metropolitana do Rio são obrigados a esperar tendo de gastar com água mineral.
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